8 de dezembro de 2010

O que é Dislexia... você conhece alguém?

Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia.

A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.

A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como:

que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;

que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;

que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";

que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;

que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".

A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.

Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.

Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam sequer ser considerados.

Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.

Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente.

O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; e lexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como Linguagem em seu sentido abrangente.

Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.

Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.
Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...

Disgrafia

Nos diferentes aspectos da Dislexia, a DISGRAFIA é caracterizada por problemas com a Linguagem Escrita, que dificulta a comunicação de idéias e de conhecimentos através desse específico canal de comunicação. Há disléxicos sem problemas de coordenação psicomotora, com uma linguagem corporal harmônica e um traçado livre e espontâneo em sua escrita, embora, até, possam ter dificuldades com Leitura e/ou com a interpretação da Linguagem Escrita. Mas há disléxicos com graves comprometimentos no traçado de letras e de números. Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir, acrescentar ou inverter letras e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de domínio do traçado da letra, subindo e descendo a linha demarcada para a escrita. Há disgráficos com letra mal grafada mas inteligível, porém outros cometem erros e borrões que quase não deixam possibilidade de leitura para sua escrita cursiva, embora eles mesmos sejam capazes de ler o que escreveram. É comum que disgráficos também tenham dificuldades em matemática.

Existem teorias sobre as causas da Disgrafia; uma delas aborda o processo de integração do sentido visão com a coordenação do comando cerebral do movimento. É especialmente complicado para esses disléxicos, monitorar a posição da mão que escreve, com a coordenação do direcionamento espacial necessário à grafia da letra ou do número, integrados nos movimentos de fixação e alternância da visão. Por isto, eles podem reforçar pesadamente o lápis ou a caneta, no ponto de seu foco visual, procurando controlar o que a mão está traçando durante a escrita. Por isto, também podem inclinar a cabeça para tentar ajustar distorções de imagem em seu campo de fixação ocular. Disgráficos, com freqüência, experimentam, em diferentes graus, sensação de insegurança e desequilíbrio com relação à gravidade, desde a infância. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha, dificuldades em subir e descer escadas, ao andar sobre bases em desnível ou em balanço; ao tentar aprender a andar de bicicleta, no uso de tesouras, ao amarrar os cordões dos sapatos, jogando ou apanhando uma bola.

Tarefas que envolvem coordenação de movimentos com direcionamento visual podem chegar a ser, até, extremamente complicadas. Dos simples movimentos para seguir uma linha e, destes, para o refinamento da motricidade fina, que envolve o traçado da letra e do número e de suas seqüências coordenadas, podem transformar-se em trabalho especialmente laborioso. Razão porque se torna extremamente difícil para o disléxico aprender a escrever pela observação da seqüência de movimentos ensinadas pelo professor.

Dificuldades também surgem na construção com blocos, no encaixe de quebra-cabeças, ao desenhar, ao tentar estabelecer valor e direcionamento ao movimento dos ponteiros do relógio na Leitura das horas. A escrita, para o disgráfico, pode tornar-se uma tarefa muito difícil e exaustiva, extremamente laboriosa e cansativa, podendo trazer os mais sérios reflexos para o desenvolvimento do ego dessa criança, desse jovem, a falta de entendimento, de diagnóstico e do imprescindível e adequado suporte psicopedagógico.

"ESSAS CRIANÇAS PODEM SER EXTREMAMENTE BRILHANTES, CAPAZES DE EXCELENTES IDÉIAS, PORÉM COMPLETAMENTE INCAPAZES DE PASSAR PARA O PAPEL O POTENCIAL DE SUAS CABEÇAS".Dr. LEVINE,M.D.

Discalculia

Não existe uma causa única e simples com que possam ser justificadas as bases das dificuldades com a Linguagem Matemática, que podem ocorrer por falta de habilidade para determinação de razão matemática ou pela dificuldade em elaboração de cálculo matemático. Essas dificuldades estão atreladas a fatores diversos, podendo estar vinculadas a problemas com o domínio da leitura e/ou da escrita, na compreensão global do que proponha um texto, bem como no próprio processamento da linguagem. Há dificuldades diretamente relacionadas à confusão visual-espacial, como outras que têm relação com a discriminação da seqüência e da ordem precisas de fatos matemáticos e com a lembrança correta de adequação de procedimentos matemáticos. Embora ocorrendo mais raramente, também podem existir dificuldades em avaliações comparativas: maior-menor, mais-menos. Também existe a possiblidade do emocional altamente exacerbado dificultar ou, mesmo, bloquear o pensamento matemático, não possibilitando concentração precisa no foco da lógica matemática, determinante para elaboração de razão matemática.

Pessoas disléxicas, com freqüência, são bem dotadas em matemática. Elas têm habilidades de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos mais clara e rapidamente que pessoas não disléxicas. Por isto, também é relativamente comum que esses disléxicos possam resolver complexos problemas matemáticos mentalmente, mesmo que não sejam capazes de decompor esse calcúlo em suas etapas respectivas. E, embora com essa habilidade ímpar, e por causa deste mesmo processo de aprendizado diferencial em discalculia, essas pessoas, surpreendentemente, podem experimentar grandes dificuldades em cálculos aritméticos básicos. E quando esses disléxicos apresentam dificuldades muito pronunciadas em direcionalidade, rota de memorização e seqüência, isto pode trazer-lhes dificuldades tão pronunciadas, impedindo que seus dons matemáticos possam ser evidenciados.

Há outros disléxicos que, ao contrário, não encontram grandes dificuldades e, até, podem ser hábeis em cálculos aritméticos, porém fracassam sempre que uma "incógnita" lhes traga uma abstração que eles não conseguem decodificar. Assim, encontram sérias dificuldades em matemática mais avançada.

Deficiência de Atenção

Há disléxicos cujo problema central está na dificuldade de focar a atenção, sustentando a coordenação seletiva dessa atenção, e mantendo esse estado convergente de atenção durante um espaço de tempo necessário à seleção e registro de um estímulo, possibilitando que se integre na construção do aprendizado. Como, de alguma forma, sempre existe o componente da atenção em Dislexia, alguns especialistas nomeavam essa dificuldade de aprendizado a partir do seu aspecto de deficiência de atenção, com as designações: "Attention Deficit Desorder-ADD" - (Distúrbio de Deficiência de Atenção-DDA); e "Attention Deficit Hyperativity Desorder-ADHD" - (Distúrbio de Deficiência de Atenção com Hiperatividade-DDAH).

Por causa de sua dificuldade em concentrar a atenção, há crianças e adultos que podem tornar-se inacreditavelmente confusos e inconsistentes. E porque existe uma oscilação no nível da capacidade de concentração dessas pessoas, há dias em que elas podem melhor corresponder à expectativa escolar ensino-aprendizado, e outros dias em que se apresentam dispersivas, parecendo ter esquecido tudo o que já haviam aprendido. Por isto, elas podem conseguir uma nota alta em um dia e serem reprovadas, no mesmo conteúdo, no dia seguinte, na próxima semana ou no mês seguinte. Condição que confunde pais, professores e o próprio disléxico que não consegue entender por que isto acontece.
E porque, muitas vezes, esses estudantes não são capazes de focar e manter sua atenção seletiva para uma concentração e resposta satisfatórias, pessoas e, até, profissionais desinformados acerca desse processo, podem exasperar-se e acusá-los de serem desatentos e negligentes; de não estarem levando seus estudos a sério; de não estarem determinados a aprender; de serem negligentes e indiferentes ao objetivo de conquistar um bom desempenho escolar quando, na verdade, eles não estão conseguindo atingir um nivel mínimo necessário de concentração da atenção, para que possam, mentalmente, construir e entrelaçar as seqüências relacionais em seu mecanismo psicopedagógico pessoal ensino-aprendizado.

O Dr. Mel Levine, M.D., adverte que, "Freqüentemente, essas crianças são classificadas como tendo distúrbios emocionais, e seus pais podem culpá-las por isto, quando, na verdade, cada uma delas é vítima inocente de uma deficiência escondida, que interfere no caminho em que o cérebro dessa criança organiza sua habilidade de concentração".

Há crianças que têm problemas de atenção e são, também, impulsivas, porém não são hiperativias. E outras, ao contrário, que podem ser hipoativas. O Dr Goldberg também esclarece que "DDA-Distúrbio de Deficiêcia de Atenção pode ocorrer sem nenhum desequilíbrio piscomotor como, também, pode acontecer acompanhado de Hiperatividade em algum de seus diferentes graus, que podem oscilar entre o quase imperceptível ao irritante e, deste, podendo atingir níveis até incapacitantes".

Hiperatividade

Criança hiperativa é aquela que nunca pode parar, que está sempre agitada, que não consegue permanecer sentada, imóvel. O Dr.Serfontein diz que: "Mesmo quando mais velho, se analisado com atenção, o hiperativo revelará algum tipo de movimento contínuo das pernas, dos pés, dos braços, das mãos, dos lábios, da língua". Especialistas dizem que "...há pais e professores que, ainda, acreditam que o comportamento da criança ou do jovem hiperativo seja de oposição, e que pode e deve ser controlado". Por isto se torna muito importante a conscientização de que Hiperatividade é condição orgânica com base neurológica. E que uma criança ou jovem que se sinta incapaz de controlar os próprios movimentos, sente-se muito mal a respeito de si mesmo e sua auto-imagem e auto-estima podem tornar-se muito negativas.


Existem duas características diferenciais em Hiperatividade: a primeira delas é da criança hiperativa com comportamento impulsivo, que fala sem pensar e nunca espera por nada; que não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos, agindo antes de pensar e nunca medindo as conseqüências dessas atitudes. Planeja e decide mal e suas ações podem ser perigosas. Como bem explicita o Dr. Paul Wender, "Essa criança corre para a rua, sobe no peitoril da janela, trepa em árvores... Por isto sua cota de escoriações, hematomas, cortes e idas ao médico são significativas". Um segundo tipo de Hiperatividade tem suas características mais pronunciadas na dificuldade de foco de atenção. Trata-se de uma super estimulação nervosa que faz com que essa criança passe de um estímulo a outro, não conseguindo focar sua atenção em um único objetivo, o que dá a impressão de que ela é desligada. Ela se distrai facilmente com um estímulo mínimo que alcance sua visão, com qualquer som ou cheiro, não conseguindo centralizar sua atenção, suprimindo detalhes de importância irrelevante. Não é que esse hiperativo não preste atenção em nada, ao contrário, ele presta atenção em tudo, ao mesmo tempo, não sendo capaz de destacar um estímulo e ignorar outros. Ele não consegue determinar o foco principal dentre estímulos que bombardeiem seu cérebro, em que deveria fixar sua atenção seletiva. É a resposta a diferentes estímulos, ao mesmo tempo, que dá a essa criança a característica de hiperativa. Não é que ela esteja desatenta, desligada; ao contrário, o fato dela estar ligada em tudo que esteja acontecendo a sua volta é que a impede de concentrar sua atenção em um só estímulo

Hipoatividade

O termo HIPOATIVIDADE expressa a tradução de sua significação literal, exatamente inversa à condição de Hiperatividade.
A criança hipoativa é aquela que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada." Dá a impressão de que nunca está ligada em nada. Ela tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social, quase não se envolve com seus colegas e costuma não ter amigos. Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade motora, com reação lenta a qualquer estímulo. Essa criança não costuma trazer problemas em seu convívio porque é, sempre, muito bem comportada, a chamada "criança boazinha". Hipoatividade ligada à Dislexia traz uma grande dificuldade a essa criança e jovem, no processar o que está acontecendo à sua volta, necessitando de um aprimoramento de técnicas em seu programa escolar, com a necessidade de recursos psicopedagógicos remediativos absolutamente específicos, com um suporte muito mais ativo de estímulos tanto na escola como em casa e na sociedade.

Fonte: http://www.dislexia.com.br

Os Vinte Disléxicos mais Famosos

Como é amplamente sabido, a dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado.
Alguns pesquisadores acreditam que, quanto mais cedo é tratada a dislexia, maior a chance de corrigir
as falhas nas conexões cerebrais da criança. Em outras palavras, a dislexia, se tratada nos primeiros
anos de vida da criança, pode ser curada por completo. Nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a
ler e a processar informações com mais eficiência. Diferente da fala, a leitura precisa ser ensinada.
Eis as dificuldades principais que uma criança disléxica pode apresentar na vida escolar:
• Tem dificuldade em dividir palavras em sílabas.
• Não consegue ler palavras simples e monossilábicas, tais como "rei" ou "bom".
• Comete erros de leitura que demonstram uma dificuldade em relacionar letras a seus
respectivos sons.
• Tem dificuldade em reconhecer fonemas.
• Reclama que ler é muito difícil.
• Freqüentemente comete erros quando escreve e soletra palavras.
• Memoriza textos sem compreendê-los.
Mesmo vivenciando essas dificuldades, com maior ou menor intensidade, algumas pessoas
conseguiram desempenhar brilhantemente suas atividades na literatura, na ciência, na escultura, no
esporte, no cinema, nos negócios na pintura, na política e outros campos.
Dentre todas elas, as seguintes são mais notórias:

Albert Einstein nAlexander Graham Bell Agatha Christie Auguste Rodin Charles Darwin Ben Johnson Gustave Flaubert Harry Belafonte Leonardo Da Vinci Margaux Hemingway Oliver Reed Nelson Rockefeller Robin Williams zThomas A. Edison Tom Cruise Walt Disney Woopy Goldberg Winston Churchill Woodrow Wilson Vincent Van Gogh ....Jaime Barossi (eu)

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