24 de maio de 2011

Insônia e Aromaterapia o que é isso???


Para a medicina, o termo insônia engloba a dificuldade para iniciar e/ou manter o sono ou ainda a sensação de sono não reparador.

As queixas devem ser acompanhadas de conseqüências diurnas como irritabilidade, falta de concentração, sonolência, dentre outros. Cerca de 10 a 20% da população tem queixas de insônia crônica.

A insônia pode estar associada a diversos transtornos clínicos (dor crônica, asma, insuficiência cardíaca, apnéia do sono) ou psiquiátricas (especialmente a ansiedade e a depressão).

Nestes casos é imprescindível o tratamento da doença de base para a melhora das queixas de sono do paciente. Existe também a chamada insônia primária, ou seja, sem outra doença associada que cause prejuízo ao sono.

Nos últimos anos nota-se um aumento nos casos de insônia. E diversos estudos encontram grande parte da culpa no desenvolvimento de nossa sociedade de 24 horas. Internet, programas de televisão e os problemas do dia a dia têm levado milhões de pessoas a passar noites em claro e dias lastimáveis. Para resolver o quadro é importante ter em mente que apenas o uso de medicamentos é insuficiente.

Tratamento

Em geral o insone que procura o médico crê que irá sair do consultório com uma solução milagrosa (e em forma de comprimido) para seu caso. Os estudos científicos demonstram que medidas não medicamentosas são mais eficientes e apresentam resultados mais duradouros.

Para o tratamento da insônia são necessárias diversas mudanças na vida e na forma de encarar a enfermidade.

A primeira medida é a atenção à higiene do sono. São medidas simples que ajudam a corrigir maus-hábitos noturnos e diurnos e favorecem o sono. Fazer atividades físicas, evitar ler ou ver TV na cama, evitar uso de computadores e realizar tarefas de trabalho à noite, dentre outras.

Atualmente, a grande arma no tratamento da insônia primária é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Ela se baseia em orientações educacionais e mudanças comportamentais e cognitivas que visam encerrar o ciclo de insatisfação com o sono em que vivem os insones.

No Instituto do Sono da Escola Paulista de Medicina já existem grupos de TCC para insônia com resultados extremamente animadores.

Então porque essa terapia não é tão utilizada ou divulgada? Nos meios médicos já conhecemos os benefícios reais da TCC, no entanto para o público geral chega o marketing das indústrias farmacêuticas. Há muito tempo tem-se uma idéia equivocada que apenas medicamentos resolvem “problemas de sono”.

Além disso, diversos pacientes apresentam preconceito com relação ao termo terapia. Outro problema é o acesso aos raros profissionais capacitados para realização da TCC, já que nem o sistema público de saúde nem a maior parte dos convênios asseguram esse tipo de tratamento.

Em resumo, a insônia nos dias de hoje é uma enfermidade prevalente que leva a muitos prejuízos nos âmbitos social e profissional, além de debilitar a saúde física. Seu tratamento em geral é demorado e nada fácil, porém se bem orientado pode ser extremamente eficaz.

 Dra. Isadora Queiroz
Neurologista, especialista em Medicina do Sono

Veja na Revista VIVER MENTE E CÉREBRO de Março/2007 um caderno com reportagens especiais sobre as diversas faces da insônia – Noites em Claro. Abaixo um resumo dos artigos (do site
www.mentecerebro.com.br).

DE OLHOS BEM ABERTOS

Compreensão dos fatores psicológicos que desencadeiam a insônia abre caminho para a terapia cognitiva, uma alternativa eficaz aos medicamentos. Por Luciana Christante.

SONOLENTOS E ATRASADOS

Atraso dos ritmos biológicos durante a puberdade pode comprometer o aprendizado dos adolescentes que estudam no período da manhã. Por Fernando Mazzili Louzada.

QUANDO A CUCA VEM PEGAR

Nos primeiros anos de vida, dificuldades para dormir são capazes de revelar problemas afetivos e às vezes exigem intervenção. Por Nayra Cezaro Penha Ganhito.

A SOCIEDADE DE 24 HORAS

Além de comprometer a saúde física e mental de quem trabalha à noite, a inversão de horários expõe todos a um risco maior de acidentes. Por Claudia Roberta de Castro Moreno, Frida Marina Fischer e Lúcia Rotenberg.

fonte: medsono


Aromaterapia é a arte e a ciência de usar óleos de plantas em tratamentos. Aromaterapia é uma das técnicas mais antigas da história de práticas de cura. Os óleos essências de Aromaterapia são óleos extraídos de plantas da qual tem sido usado por milhares de anos antes da técnica de destilação de óleos ter sido descoberto.
Os óleos essenciais exercem uma influência sutil na mente e no corpo. Através da Aromaterapia, a cura pode ser feita de uma maneira gentil e natural. Uma qualidade importante dos óleos essenciais é a grande variedade de maneiras em que podem ser usados. Podem ser usados em massagens, já que é reconhecido como uma das formas mais importante de tratamento, também podendo ser usados em banhos. A água em si tem muitas propriedades terapêuticas, e quando combinado com os óleos essenciais, os óleos realçam o seu efeito. Também, podem ser usados como compressas, tanto quente como frio em circunstâncias diferentes. Os óleos podem ser misturados em cremes, loções para o corpo ou mesmo algumas gotas em seu travesseiro para ajudar a ter uma boa noite de sono.

Os óleos essenciais são absorvidos rapidamente através da pele. Mesmo se as essências forem usadas em cremes, loções para o corpo, banhos, compressas ou em massagens, uma boa quantidade da essência é inalada. O aroma sozinho tem um efeito sutil e real na mente e no corpo. É preciso ter cuidado quando usando os óleos essenciais. Quando são usados de maneira correta, são seguros. Alguns óleos são perigosos de se usar e devem ser tratados com muito cuidado.

Use uma quantidade pequena de qualquer óleo em qualquer tipo de tratamento. Para aplicar massagens, dilua 3% do óleo essencial escolhido em óleo vegetal. Por exemplo, use 3 gotas de óleo essencial para cada colher de chá de óleo vegetal. Para banhos, muito cuidado deve ser tomado, já que os óleos tendem à flutuar em vez de serem diluídos. Os óleos podem irritar a pele quando são usados em quantidades excessivas, dependendo do tipo de pele. A quantidade recomendável para ser usado em banhos é de somente 2 à 3 gotas. Óleos derivados de plantas picantes como a de Clove e Nutmeg, deverá ser evitado de serem misturados juntos. Quando preparando banhos para crianças ou bebês, não excidir mais de 3 gotas de óleo essencial. Lembre-se sempre de diluir qualquer tipo de óleo antes de serem usados em banhos. Para inalações, 1 gota de óleo essencial pode ser suficiente, e 3 gotas podem ser usado no máximo. Antes de preparar uma inalação, sempre experimente uma gota de óleo essencial primeiro antes de adicionar mais.

Fonte:shvoong

Por milhares de anos, as culturas orientais queimaram ervas na forma de incenso, em rituais religiosos e espirituais. Os árabes foram os primeiros na técnica de destilação de óleos essenciais, método que se emprega até hoje com pequenas modificações. Na Alemanha do século 16, Jerome de Bruswick documentou 25 óleos essenciais com fins medicinais, também utilizados até os nossos dias. Mas a ciência da aromaterapia, praticada atualmente, surgiu em 1937 com os trabalhos do químico francês Renée Gattefosse – publicados em seu famoso livro Aromatherapie.
A aromaterapia, basicamente, procura transmitir ao “paciente” toda a energia concentrada nos óleos essenciais por meio de banhos, inalações, massagens, compressas, etc. A aromacologia, a ciência que estuda os aromas para fins medicinais e psicofisiológicos, mostra que o ser humano pode ser positivamente afetado ao ser exposto a certos cheiros. Afinal, nosso cérebro processa os impulsos enviados pelos sensores olfativos em áreas que cuidam das emoções, do aprendizado, do balanço hormonal, etc. E mais: devido às suas propriedades, alguns óleos essenciais podem contribuir com o tratamento de várias doenças, como àquelas do sistema digestivo, respiratório, circulatório, etc. Nesses casos, como a pele é bastante permeável aos óleos essenciais, as sessões de massagens são muito bem-vindas!
Grande parte do mercado de óleos essenciais se concentra nas indústrias alimentícias e de cosméticos. No entanto, com a comprovação dos benefícios a saúde de alguns óleos, constata-se um considerável aumento na prescrição de soluções que levam um ou uma combinação de óleos em suas formulações. Baseado no estudo das cargas elétricas e da polaridade das moléculas aromáticas, descobriu-se que alguns óleos possuem carga elétrica negativa (relaxante) enquanto outros possuem cargas elétricas positivas (estimulante). As moléculas negativas, de acordo com os trabalhos de Franchomme, são antiinflamatórias e antiespasmódicas – agindo como atenuadoras de problemas hepáticos, do sistema nervoso, do sistema gastrointestinal e outros. Já as moléculas positivas colaboram para o aumento do nível energético do organismo, por exemplo, sendo efetivas contra infecções virais, stress, atenuadoras dos efeitos do câncer e outros.
Óleos Essenciais e suas Propriedades Terapêuticas
Ação antibacteriana: as principais moléculas que possuem propriedades antimicrobianas comprovadas são o carvacrol (óleo essencial de tomilho, etc.), o timol (óleo essencial de tomilho, etc.) e o eugenol (óleo essencial de cravo, etc.) – todos do grupo dos fenóis. Logo após os fenóis, em ordem decrescente de funcionalidade, situam-se os alcoóis monoterpênicos, tais como o linalol (óleo essencial de manjericão, etc.), geraniol (óleo essencial de gerânio), terpineol, mentol (óleo essencial de menta) e outros, seguindo pelo grupo dos aldeídos, tais como o citral, geranial (óleo essencial de capim-limão, etc.), citronelal (óleo essencial de citronela, etc.), cuminal e outros.
Ação antifúngica: os mesmos grupos listados com a ação antibacteriana valem para o combate às infecções fúngicas, embora o tratamento para estes últimos seja mais demorado.
Ação antiviral: a sinergia entre alcoóis monoterpênicos com cineol (grupo dos óxidos) é muito eficiente no tratamento de patologias virais do trato respiratório. Outro grupo de moléculas cuja combinação traduz em maior eficácia contra vírus é o óxido de linalol + linalol, as cetonas, aldeídos e éteres. Cabe ressaltar que os agentes virais são, em geral, bastante suscetíveis a ação das moléculas aromáticas.
Ação antiparasitária: assim como os antibacterianos, o grupo dos fenóis exerce maior importância. Os alcoóis monoterpênicos, algumas moléculas do grupo das cetonas e óxidos também apresentam certas propriedades comprovadas como agentes antiparasitários.
Ação inseticida: é do conhecimento popular que a citronela é um importante agente inseticida. Na verdade, o componente por trás dessa qualidade é o citronelal, um aldeído presente tanto na citronela quanto no eucalipto citriodora, este último muito cultivado no Brasil. Outras moléculas em destaque são o eugenol e o aldeído cinâmico (presente na canela).
Ação antiinflamatória e anti-histamínica: as moléculas de carga negativa são os principais componentes desse grupo. O exemplo mais significativo é o camazuleno (faz parte do óleo essencial de camomila alemã, cultivada no sul do Brasil) e o alpha-bisabolol, em evidencia na candeia (árvore brasileira). Alguns aldeídos, tais como o citral, citronelal, cuminal e outras moléculas também apresentam propriedades imunomodulantes. Na classe dos anti-histamínicos são de particular relevância o camazuleno e o di-hidro-camazuleno.
Ação expectorante e mucolítica: alguns óleos essenciais vêm sendo utilizados há muito tempo pelas suas propriedades expectorantes. Óleos ricos em cineol, tais como o eucaliptus globulus, alecrim ou louro são três possibilidades bastante interessantes.
Ação antiespasmódica: dois grandes grupos apresentam atividade espasmódica: o grupo dos éteres e dos ésteres. O primeiro, de carga positiva, tem notável atividade espasmódica. O segundo grupo, de carga negativa, tem propriedades antiinflamatórias e anticonvulsivas.
Agentes antiarrítmicos: algumas moléculas do grupo dos ésteres também atuam como reguladores cardíacos. É o caso, por exemplo, dos ésteres contidos no óleo essencial de ylang-ylang.
Ação analgésica e anestésica: visto que a dor é o sintoma da doença e não a causa, diferentes tipos de óleos essenciais vão atuar de forma distinta, eliminando ou diminuindo a fonte do problema e atuando como neutralizadores. Por exemplo: o eugenol, um componente presente no óleo essencial de cravo, manjericão e outras plantas, é particularmente efetivo no combate a dores de origem dentária. O mentol, principal componente da menta, tem maior eficiência no tratamento de dores de cabeça. Várias outras moléculas ou óleos essenciais com ações globais sedativas vão ajudar a acalmar espasmos (camomila romana ou tangerina) ou atuar como fortes analgésicos (ylang-ylang).
Ação calmante: os aldeídos contidos nos óleos essenciais de plantas cítricas e da melissa são muito aplicados nesse sentido. Alguns estudos sinalizam atividades hipnóticas ao linalol, principal componente do pau-rosa ou de alguns quimiotipos do coentro ou manjericão.
Ação antitumoral: como já pregam diversos autores, não é possível esperar que o uso exclusivo de óleos essenciais possa ser uma alternativa ao tratamento oncológico. Porém, alguns óleos podem atuar de forma adjuvante, tais como os que possuem lactonas sesquiterpênicas – a camomila alemã, por exemplo, possui germacreno, substância que possui atividade citotóxica contra leucócitos mutantes.
Ação digestiva: as propriedades eupépticas ou carminativas de diversas moléculas aromáticas fazem com que elas ajam como estimulantes de apetite e facilitadores do processo digestivo. Assim o cuminal, presente no óleo essencial de cominho, e o anetol, integrante do óleo essencial de anis e de outras plantas, possuem propriedades carminativas. A mentona, a carvona e a verbenona têm propriedades colagogas e coleréticas que ativam a secreção biliar.
Diversas outras propriedades são referenciadas aos óleos essenciais, com maior ou menor ênfase, maior ou menor suporte na literatura científica. Mas é importante lembrar que ainda há muito a ser descoberto já que as aplicações médicas dos óleos essenciais com embasamento científico é uma tendência ainda recente.
fonte: oleos essenciais

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