1 de fevereiro de 2011

Escola e Família, Como educar seu filho do Içami Tiba. em Curitiba... Familia Desestruturadas com Padre Pio,

Escola e Família são as principais instituições socializadoras de uma sociedade. A Família é uma peça fundamental nesse intricado problema, uma vez que a família desestruturada gera alunos problemáticos para a convivência social e escolar.

As raízes, para tais situações, säo geradas desde questões sócio/econômicas, etnicas e emocionais, com consequências danosas para todo o conjunto da sociedade.

O ato de educar, resulta da participação de todos. Aos pais cabe o acompanhamento da educação de seus filhos, não delegando somente a escola, tão grande responsabilidade.

Pais participantes, que demonstram interesse pelos assuntos escolares, fazem os filhos perceberem que estudar é importante.

Na verdade, as famílias desestruturadas cujos pais que não tem controle, não educam, não ensinam, e transferem todas as responsabilidades para a Escola. Normalmente geram crianças com diversos problemas emocionais, tornando inclusive a aproximação entre a escola e a família extremamente difícil.

Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/09.

O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.

Em pesquisa realizada em março de 2006, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.

· 1º- lugar: Sigmund Freud;

· 2º- lugar: Gustav Jung;

· 3º- Lugar: Içami Tiba

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um

comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real.

Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar.

Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer?

A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa.

A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado.

Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga .

A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo' .

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

19. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

20. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

21. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham.

'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype,é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

22. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando

alguém é educado achando-se o centro do universo.

23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família

24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

25. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.


FAMÍLIAS DESESTRUTURADAS

Escrito por Padre Pio Milpacher

No fim do ano se faz o balanço da economia, da política, da cultura,do esporte, com projeções para os anos futuros. Pouco se fala da família, que é a célula mãe da sociedade.

Alguns dias atrás li num grande jornal um artigo de um professor (que foi até ministro), com o título: “Da demografia vêm boas notícias”.E a boa notícia era que a média de filhos tidos por mulher em 1960 era de 6,3, enquanto atualmente é de 2,1. Com isso o Brasil se avizinha ao crescimento populacional 0, diminuindo as despesas, o desemprego e aumentando o bem estar.

Eu sou pároco, visito as famílias, ouço os comentários da gente e penso muito diferente. A tendência entre os jovens é de casar sempre mais tarde: 28, 30, 35 anos. Casados, atrasam outros anos antes de colocar no mundo um filho; ou no máximo dois; pode vir um terceiro, por erro.

Porém começam a namorar cedo, ainda adolescentes.Todos os meios de comunicação apresentam jovens e adolescentes namorando.Tanto que, para muitos parece humilhante aparecer num grupo sem o parceiro ao lado. E, naturalmente são namoros com abraços, beijos e sexo. A maioria, antes de casar, namorou sucessivamente com diversos parceiros.

Daqui o multiplicar-se das gravidezes precoces, dos abortos e das mães solteiras, adolescentes e jovens. Mães que, naturalmente desejam um pai para o filho, sonham com outro namorado (sempre esperando que seja “diferente” do primeiro), são avizinhadas por jovens expertos, e acabam ficando grávidas pela segunda vez, e de novo abandonadas...

Nas favelas e cortiços temos mulheres com dois, três, até mais filhos, de pais diferentes, convivendo com amasiados, divorciados, que abandonaram os filhos tidos de outras mulheres e agora ajudam (?) a criação de filhos de outras. As favelas e os cortiços estão cheios de crianças!

As famílias dos prédios e das mansões de classe média, pelo contrário, tem um, ou no máximo dois filhos. Como são educados? Já um provérbio antigo dizia: “O pai de oito filhos é rei, o pai de um filho só é escravo”. São crianças mimadas! Lá também aumentaram as separações, infidelidades, divórcios. Diminuem sempre mais as famílias com pais unidos e dedicados, criando ninhadas de filhos sadios, fortes, brincando juntos e recebendo boa educação.

Trinta anos atrás, na apresentação dos casais ao final de um encontro, era comum ouvir: “Casados há 15 anos, cinco filhos... Casados há 40 anos, oito filhos, 15 netos”. Hoje a declaração comum è: “casados há vinte anos, um filho”, ou ‘dois filhos”.

E como crescem, que exemplo dos pais e tipo de educação recebem as crianças das famílias desestruturadas? Eis o que escreve numa redação uma menina de dez anos: “O que eu mais quero na minha vida é ver o papai e a mamãe juntos e ter uma família completa... ‘As vezes eu vejo minhas colegas e amigas saírem com seu papai e sua mamãe juntos; então me sinto muito triste, porque eu saio sempre sozinha com a vovô, ou o vovô, ou o tio, mas nunca com o pai ou a mãe...Me sinto como uma flor no meio do nada, sozinha, morrendo de solidão.” Esta menina é criada pelos avós; imaginemos as que estão com a madrasta, ou o padrasto, que mal as suportam, e muitos bebem e brigam!

O aspecto sociológico desta situação é muito grave: diminuindo os filhos de famílias sadias e multiplicando-se os de famílias desestruturadas aumenta a porcentagem das crianças sem educação adequada, dos adolescentes infratores, dos jovens delinqüentes e diminui a dos cidadãos ordeiros, com trabalho produtivo, que pagam impostos, sustentando a comunidade. Viramos um povo decadente!

A educação da juventude para preparar uma família ordeira, merece mais atenção!

Padre Pio Milpacher

Congregação de Jesus Sacerdote

Osasco - SP


A indisciplina centrada na família

A importância da colaboração escola-família é notória, pois, quando as famílias participam da vida

escolar, torna-se mais fácil a integração dos alunos e melhora a qualidade do processo de ensino-

aprendizagem. Há estudos que evidenciam que o envolvimento dos pais está positivamente

correlacionado com os resultados escolares dos alunos.

O envolvimento dos familiares melhora a imagem da escola e o seu vínculo com a comunidade. Tal

envolvimento significa uma educação de sucesso apoiada no binômio escola-família, já que não se

aprende só na escola. Nesta, aprende-se a aprender, mas para aprender o indivíduo deverá ser

estimulado por um meio ambiente favorável, sendo que é na família que os alunos adquirem os modelos

de comportamentos que exteriorizam na sala de aula.

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