23 de novembro de 2010

Ataque norte-coreano deixa ao menos dois mortos e 13 feridos


Dois militares sul-coreanos morreram nesta terça-feira (23) em um ataque da artilharia da Coreia do Norte a ilha de Yeongpyeong, no Mar Amarelo, próximo à fronteira entre os dois países rivais, segundo o comando militar da Coreia do Sul.

O ataque também deixou 20 feridos - 3 deles civis-, provocou danos e incendiou imóveis na ilha, onde estava mobilizado um destacamento do Exército sul-coreano. Quatro dos militares feridos estão em estado grave.

Vários projéteis norte-coreanos caíram sobre a ilha e outros no mar, segundo o comando militar de Seul. O Exército sul-coreano revidou ao ataque e autorizou a decolagem de caças de combate F-15 e F-16 para a região.

As autoridades da Coreia do Sul qualificaram a ação como uma "clara provocação militar" e disseram que, se houver provocação similar, haverá uma "dura represália".

Coreias: Japão, China e Rússia manifestam preocupação

As principais potências vizinhas à península coreana manifestaram extrema preocupação com os desdobramentos dos disparos ordenados por Pyongyang contra uma ilha controlada por Seul, nesta terça-feira. Japão, China e Rússia disseram que é preciso controlar a situação para evitar uma possível escalada militar.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, alertou seus ministros para que estejam preparados para qualquer cenário. "Ordenei aos ministros que façam preparativos para que possamos reagir de maneira firme, para o caso de qualquer evento inesperado acontecer", afirmou. "Determinei que façam o melhor para reunir informações."

O ministério chinês das Relações Exteriores expressou sua preocupação com os disparos. "Esperamos que as partes contribuam mais para a estabilidade na península coreana", disse Hong Lei, porta-voz do ministério. A chancelaria chinesa destacou que é "imperativo" reativar o processo de negociação do grupo dos seis após a revelação da existência de uma nova usina de enriquecimento de urânio na Coreia do Norte.

A Rússia também advertiu para o risco de confronto militar em grande escala. "É importante que isto não leve a uma escalada na península", afirmou uma fonte diplomática russa, não identificada, à agência Interfax. As Forças Armadas da Coreia do Sul estão em alerta máximo após os disparos de artilharia norte-coreanos.
fonte:Veja

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